“Mestre, tenho meditado no facto da existência humana ser absurda.”
“O que é que te conduz a tal conclusão?”
“Nada tem sentido. O homem nasce sem que saiba porquê, fica sujeito à doença, à velhice e à morte, em suma ao sofrimento. Não encontro razão ou lógica na existência.”
“Vês aquela nuvem no céu?”
“Vejo.”
“Apropriou-se das águas da terra, movimenta-se ao sabor dos ventos e acabará por se desintegrar, alimentando mares, rios e lagos ou campos onde germinarão todo o tipo de plantas e de que todos os seres se irão alimentar. É absurda a sua existência?”
“Não sei, nunca pensei desse modo.”
“Então, não penses no absurdo da tua existência. Esse é o verdadeiro absurdo que não conduz a qualquer liberdade nem destrói os condicionamentos que te corroem. Vive, faz-te nuvem, cavalga o vento, busca sem buscares.”
JOSÉ MARIA ALVES
http://www.homeoesp.org
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