Ó nau Catarineta,
em que andei no mar
por caminhos de ir,
nunca de voltar!
Veio a tempestade
perder-se do mundo,
fez-se o céu infindo,
fez-se o mar sem fundo!
Ai como era grande
o mundo e a vida
se a nau, tendo estrela,
vogava perdida!
E que lindas eram
lá em Portugal
aquelas meninas
no seu laranjal!
E o cavalo branco
também lá o via
que tão belo e alado
nenhum outro havia!
Mundo que não era,
terras nunca vistas!
tive eu de perder-me
pra que tu existas.
Ó nau Catarineta
perdida no mar,
não te percas ainda,
vem-me cá buscar!
BRANQUINHO DA FONSECA
JOSÉ MARIA ALVES
http://www.homeoesp.org
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