sexta-feira, 26 de junho de 2009
BOCAGE - JÁ BOCAGE NÃO SOU!
Já Bocage não sou!... À cova escura
Meu estro vai parar desfeito em vento...
Eu aos Céus ultrajei! O meu tormento
Leve me torne sempre a terra dura.
Conheço agora já quão vã figura
Em prosa e verso fez meu louco intento.
Musa!... Tivera algum merecimento,
Se um raio da razão seguisse, pura!
Eu me arrependo; a língua quase fria
Brade em alto pregão à mocidade.
Que atrás do som fantástico corria:
“Outro Aretino fui... A santidade
Manchei... Oh!, se me creste, gente ímpia,
Rasga meus versos, crê na eternidade!”
VEJA-SE EM
www.homeoesp.org
LIVROS ONLINE » ANTOLOGIA DA POESIA PORTUGUESA
Etiquetas:
HOMEOESP.ORG,
JOSÉ MARIA ALVES,
POESIA
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário