O vermelho deve ser como
o som duma trombeta...
Um cego
Alucina-me a Cor! – A Rosa é como a Lira,
A Lira pelo tempo há muito engrinaldada,
E é já velha a união, a núpcia sagrada,
Entre a cor que nos prende e a nota que suspira.
Se a terra, às vezes, brota a flor que não inspira,
A teatral camélia, a branca enfastiada,
Muitas vezes, no ar, perpassa a nota alada
Como a perdida cor dalguma flor que expira...
Há plantas ideais dum cântico divino,
Irmãs do oboé, gémeas do violino,
Há gemidos no azul, gritos no carmesim...
A magnólia é uma harpa etérea e perfumada.
E o cacto, a larga flor, vermelha, ensanguentada,
- Tem notícias marciais, soa como um clarim.
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LIVROS ONLINE » ANTOLOGIA DA POESIA PORTUGUESA
sexta-feira, 26 de junho de 2009
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