A ideia de teu corpo branco e amado,
beleza escultural e triunfante,
persegue-me, mulher, a todo o instante,
- como o assassino o sangue derramado!
Quando teu corpo pálido, beijado,
abandonas ao leito – palpitante,
quem jamais contemplou, em noite amante,
tentação mais cruel, tom mais nevado?
No entanto – duro, excêntrico desejo!
- quisera às vezes que a dormir te vejo,
tranquila, branca, inerme, unida a mim...
que o teu sangue corresse de repente,
fascinação da Cor! – e estranhamente,
te colorisse, pálido marfim.
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