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ARTE

quinta-feira, 25 de junho de 2009

SÁ DE MIRANDA - QUANDO EU, SENHORA, EM VÓS OS OLHOS PONHO




Quando eu, senhora, em vós os olhos ponho,
e vejo o que não vi nunca, nem cri
que houvesse cá, recolhe-se a alma a si,
e vou tresvaliando, como em sonho.

Isto passado, quando me desponho,
e me quero afirmar se foi assi,
pasmado e duvidoso do que vi,
m´espanto às vezes, outras m´avergonho.

Que, tornando ante vós, senhora, tal,
quando m´era mister tant´outr´ajuda,
de que me valerei, se alma não val?

Esperando por ela que me acuda,
e não me acode, e está cuidando em al,
afronta o coração, a língua é muda.


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