naquele momento fugaz os lavradores detiveram-se suplicantes perscrutando a vontade dos céus
indagavam o infinito daquele imenso lameiro a irromper selvagem do seio da terra-mãe
perturbados alheados ao mundo com marcas de fogo nas sacholas que grasniam
pulmões aumentados apontavam a dor do horizonte insaciável
nunca haviam lacrimejado
dos olhos pássaros feneciam nas flores desfeitas
o credor nos umbrais enquanto na colina nascia mais uma primavera
o muro de pedra solta testemunhava os lugares remotos de peregrinações obsoletas
aí folgavam as raparigas em melancólica alegria
lugar onde por gosto cada trabalhador suava e sem pejo mataria
quem tão lentamente o matava
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