no campo estercado
da ave as penas ensanguentadas
no terror mudo
de cinzelada mascarada
uma sensação de trovão fresco penetrava a tarde quadrada do outro lado do rio
estrada orvalhada no deserto
hálito de iras nas mãos frias
tudo é vaidade dizias
e à meia-noite começo do meu dia observava-te sereno como figueira em penhasco seco
talvez seja um curandeiro do prazer que morde e é mordido em acto de amor fazer por coroa de pássaros tropicais talvez o que grita e não é ouvido o mais esquecido dos sonos de inverno o rio poderoso das terras negras do fim do caminho o fio de sol que aquece os gélidos aromas
uma mão é-me estendida com a paciência das nuvens em movimento
quanto mais me aproximo menos vejo
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