o passado revolve-se no charco da inconstância onde o espírito das estações já mortas silencia os prados
um frio atroz toca as águas estagnadas com os dedos geados crepúsculo cavalo alucinado zumbe junto da janela aberta à intempérie dos corações
nela ela de braços cruzados fia calada um sorriso abissal
forte é o vento a sacudir ervas e árvores com marcas de dinamite nos regaços esquiva a primeira estrela faz findar a luz do dia saias virgens baloiçam entre sóis no seio da terra pelas mãos escavada honra perdida espezinhada no giestal
e a estrela vai morrendo
cedendo alienada
o lugar ao teu nascimento
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