fogo que se não extingue santelmo os mastros surdos
encapelam-se as vagas
navio de aventureiros do outro lado do mar
pátria de negreiros
um coração pulsa no convés os calcanhares doloridos ferem o madeirame húmido
irrompem selváticas sereias de espuma
lírios oceânicos de frio sorrir
brilho de um luar que se extingue
na pele molhada pela maresia as histórias contadas pela força obscura das nuvens que rodopiam no topo do mastro real
dia de bruxas no cadáver dos meus sentidos
que se ausenta em deriva à vista do areal
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