desço o rio em árvore seca
a corrente de maré é o berço desta velhice medonha
a proa resplandece de bronze
dos céus jorram lágrimas azuis
o convés molhado
o mastro emproado
cabos inertes ferozmente mordidos pelo piano dos mareantes
mar e estepe
os benefícios da solidão na mesa oval
cabeça entre as mãos crispadas
hora de oração
sorrio
nas nuvens aves migratórias
como eu
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