nas caves negras dos palácios verde-orgíacos derrama-se sangue e esperma
o espaço e o tempo desposam amores mortais
uma ave índigo voa em círculos imperfeitos
amontoam-se leitos na escuridão
carnes brancas pretas mestiças
bocas escancaradas a rogar o líquido vital
lá fora a tempestade parece não ter fim o vento estremece o roseiral daninho a chuva inunda a terra do caminho ladeado por buchos-anões os trovões assustam o sono das crianças que dormem alheias ao temporal os relâmpagos aquecem o ar
na cave escura faz-se de tudo
e chamam-lhe amar
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