diante de ti onda em rebentação me ajoelho
nos céus vejo santa bárbara em cada trovão entrado pelo ferrolho da noite
naufraga um diadema na fronte da que partiu
ditoso é quem parte destino aziago de quem fica
o dia leva a noite
nada há como dantes
sonhos de glória
fama das cidades
enigmas desvendados
por filósofos displicentes
na rua pés e cabeças de porcelana os descobridores de abismos celebram os seus feitos enquanto na quinta hora o poeta se retira no dó de si
já não se ouvem sons celestiais
nem os cantos que rumavam de oriente para ocidente nas noites estreladas
nos nossos dedos vitrais de cores vivas
na nossa mente rumor das ondas entristecidas
como vosso olhar
flor rubra desistente do mundo e dessa fé que aniquila a magia do luar
tão taciturno e contemplativo na nervura dos seus raios
que nada assim vistes nesta erma negrura
onde não cabe a palavra amar
2 comentários:
Também sou José. Escrevi um romance que se chamará Destino Aziago.
Amigo José
Quando editar dê notícias para que o possa comprar. Espero que seja um êxito.
Terei todo o prazer em ler o seu romance.
Um abraço fraterno.
JMA
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