sábado, 27 de junho de 2009
EUGÉNIO DE CASTRO - NOVO ANACREONTE
- Quantas mulheres desejei? – Centenas.
- E quantos beijos cobicei? – Milhares.
- De tal cobiça o que ficou? – Pesares.
- E dos desejos o que me resta? – Penas.
- Buscando rosas, o que achei? – Gangrenas.
- Buscando gozos, o que tive? – Azares.
- Ambicioso, o que plantei? – Palmares.
- E colhi palmas? – Não, silvas apenas.
- Não vejo a que esperei! – Virá ainda.
- É já tarde. – No Inverno há muita flor.
- É já noite. De noite fulge o luar.
- A ilusão é cruel. – Cruel, mas linda.
- Quem me tornou tão desgraçado? – O amor.
- E agora, velho, o que farei? – Amar.
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