serei sempre
capaz de adivinhar as tuas dores
enquanto teu tal
pedra fulva lançada às estrelas
e que no interior
das corolas feitas a cores
aguarda que a
lapidem até à vinda da morte
vieram de toda a
parte sem saber ao que vinham
os seus túmulos
terão coroas de flores
garridas a
murchar aos olhos das longínquas galáxias
eles o povo que
ninguém ouve e todos desprezam
mulheres crianças
velhos registados em vórtices
de portos e
abrigos bárbaros do atlântico norte
donde voltam na amotinação
da crista das vagas
quando o mar
suspira de grandeza nos molhes do cais
e eu
no teu interior
flor
ergo-me nas
cinzas do vento
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