esmeralda viva de
olhos cheios de sílabas acres
sentara-se de
pernas cruzadas na janela cruzada de carvalho
abrindo a alma ao
botão das horas lentas
o caminho todos
os caminhos se afastam
minha jovem amiga
o tempo é de repouso circunstancial
não se apressem
para a cerimónia
os sinos tocam
o punho da
saudade ondeia na neblina das esquinas de bafio e pó
sem vergonha e de
medo proporcional à inutilidade patente da senhora justiça
homens de fato
cinzento entram no salão do destino legível
como se aí antro
de estátuas cobertas de musgo
olhar de aço em
vaca cega
estivesse a
salvação de penosa humanidade
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