o muro alçava-se
sobre aqueles dois corpos deitados
num morro de luz
azulada nas asas
debaixo do
salgueiro choroso dormitava uma melodia rebelde
longe um
trabalhador segurava uma enxada cariada pela terra enxuta
com os olhos
verdes de ódio escavava a terra cilíndrica que fora de seus avós
da árvore dobrada
nascera o sangue inocente das crianças
e o silencioso
sorriso das moças virgens
que roçava o
leito cremoso da água limosa da ribeira
arpejo de suave
perfume arrebatado ao vento solitário
na serenidade
crepuscular da alma temperada
1 comentário:
Bela poesia.
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