a fronte que
sangra sobre o castigo do pecado esgota pérfidas lamúrias
obscurece a nuvem
ardilosa que esculpida se desdobra em lento voo
no meio do grande
oceano nasceu uma ilha
desenhada na
memória das fantasias dementes de incríveis descobridores e dos seus imprecisos
portulanos
que em busca da
fama e de sinistra imortalidade
escavam nas faces
engelhas doentias
a beleza só
brilha depois do fogo-de-artifício ter purificado as formas
ou na separação
que à noite enfloresce nas almas das rosas bravas
o vento em fúria
atesta ao mundo odiento
que os loucos
dias da infância não hão-de terminar jamais
enovelados no
cordão matinal de orvalho
luz que me alumia
durante o dia
carícia que adere
à pele tempestuosa do escurecer
quando partes o
destino torna-se detestável
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