vieram as trevas
cobrir as fontes do estio
secaram os rios
caudalosos da esperança
ó liberdade
ferida de morte
desordem nascente
de choro por curar
passara ano e dia
e o corpo sombrio
afogava-se na
disforme hora da desolação
a porta aberta ao
amor exalado por nuvens térreas
o sono primaveril
é sempre mais curto
propício ao
frémito dos músculos lisos
feliz é o amante
que vive com o sono ao lado
penetrando a
noite com a espada sacrificial
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