candeia acesa na
terra onde fui nascido
aí conheci a
honra que é palavra de sangue quente
o rio do
sofrimento é um sonho repetidamente sonhado nos antigos lençóis gelados
o sono o túmulo
por momentos emprestado
na corrente
contínua do movimento galáctico
lagos geados
esvaem-se em cândidos sorrisos
que aves
migratórias carregam nos dorsos arrijados
pesados fardos em
motim de mareante exausto
o passado
mergulha no esplendor magnífico do palácio da aurora
e acha-se sem
remédio desmandado na corrente esquiva e borbulhante dos dias
rosa que murcha
na paixão do crepúsculo
*
corpo nu de
cristal
leve puro e
frágil –
perfeição-sem-sentido
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