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ARTE

sábado, 27 de junho de 2009

ÂNGELO DE LIMA (1872-1921) - PÁRA-ME DE REPENTE O PENSAMENTO


Pára-me de repente o pensamento
Como se de repente refreado
Na doida correria em que levado
Anda em busca da paz do esquecimento.

Pára surpreso, escrutador, atento,
Como pára um cavalo alucinado
Ante um abismo súbito rasgado.
Pára e fica, e demora-se um momento.

Pára e fica, na doida correria.
Pára à beira do abismo, e se demora.
E mergulha na noite escura e fria

Um olhar e aço, que essa noite explora.
Mas a espora da dor seu flanco estria,
E ele galga e prossegue sob a espora...


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