14. –
Precisamos entender que a riqueza é apenas meio idóneo ao afastamento da pobreza e da miséria.
Os ambiciosos desconhecem a compaixão.
O dinheiro não nos torna mais ricos, mas menos disponíveis para a beleza, como consequência da absorção pela mente dos efeitos da ambição, apegos e desejos. Estes são ilimitados e insaciáveis.
O progresso e o desenvolvimento tecnológico têm gerado culturas e civilizações cruéis, desmedidamente ambiciosas, não fraternas e isentas de solidariedade e de amor.
Os bens materiais não terminam com algumas das doenças mais graves, a dor psicológica, a velhice e a morte. Por isso, quando os possuímos não devemos deixar-nos possuir por eles. O problema não reside no que temos e quem somos, mas no egoísmo, na avareza e na vaidade.
Temos de nos convencer que estamos de passagem neste planeta, grão de poeira no universo observável.
Não desperdicemos a vida. Os cemitérios estão cheios de homens ricos e poderosos acantonados lado a lado com pobres e desconhecidos. A morte nivela os homens e o barqueiro nada nos deixa transportar para a mansão dos mortos.
A glória é efémera, a riqueza vã, a fama ilusão.
Não resisto em contar-vos uma história:
Um homem de negócios foi visitar o Mestre. Este, era tido como um reservatório imenso de sabedoria, e aquele, apesar de todos os seus afazeres não quis deixar de o conhecer, principalmente para tentar entender o desapego quase total que lhe atribuíam.
Na presença do Mestre, disse:
“Poderás tu dizer-me algo que possa melhorar a minha vida? Sinto que a felicidade me escapa pelos dedos, não obstante tenha tudo o que desejo.”
“Já não és propriamente um jovem. Julgo que deverias dedicar-te um pouco à vida espiritual. A existência é muito mais do que a mera satisfação dos desejos da carne ou da matéria.”
O homem respondeu:
“Tens razão. Mas, o meu quotidiano é uma corrida contra o tempo. Tenho três grandes empresas para gerir, dezenas de lojas espalhadas pelo país, sucursais no estrangeiro, um activo imobiliário imenso, acções e mais de um milhar de empregados. Reuno com políticos, empresários, dou palestras de economia, entrevistas para revistas especializadas e para jornais do mundo inteiro, enfim, para nada mais me sobra tempo.”
Depois de o ouvir, disse o Mestre:
“Estou certo, que quando faleceres alguém dirá: - Morreu um homem cuja vida foi totalmente preenchida com futilidades e inutilidades. Um homem que em dezenas de anos não viveu em boa verdade um único dia. Um homem que viveu uma vida que não mereceu em momento algum ser vivida. Parabéns!”
Assim, busquemos incessantemente a Beleza e a Realidade. Consumamos a vida, não permitindo que seja esta a consumir-nos.
Meditemos, porque a meditação é a coisa mais importante da vida. Meditar é antes do mais, consciente abertura do espírito a si mesmo, ao mundo da natureza, aos outros e ao universo. É uma presença atenta em cada momento, em que a zona de silêncio do nosso cérebro passa a cooperar no milagre da descoberta do nosso interior e do que nos envolve.
Com o tempo, entenderemos que a meditação vale a pena, que talvez seja o que neste mundo mais vale a pena.
A questão fundamental é: - Como meditar?
Questão que terá de ser respondida por cada um de nós isoladamente, apenas por nós.
JOSÉ MARIA ALVES
www.homeoesp.org
Precisamos entender que a riqueza é apenas meio idóneo ao afastamento da pobreza e da miséria.
Os ambiciosos desconhecem a compaixão.
O dinheiro não nos torna mais ricos, mas menos disponíveis para a beleza, como consequência da absorção pela mente dos efeitos da ambição, apegos e desejos. Estes são ilimitados e insaciáveis.
O progresso e o desenvolvimento tecnológico têm gerado culturas e civilizações cruéis, desmedidamente ambiciosas, não fraternas e isentas de solidariedade e de amor.
Os bens materiais não terminam com algumas das doenças mais graves, a dor psicológica, a velhice e a morte. Por isso, quando os possuímos não devemos deixar-nos possuir por eles. O problema não reside no que temos e quem somos, mas no egoísmo, na avareza e na vaidade.
Temos de nos convencer que estamos de passagem neste planeta, grão de poeira no universo observável.
Não desperdicemos a vida. Os cemitérios estão cheios de homens ricos e poderosos acantonados lado a lado com pobres e desconhecidos. A morte nivela os homens e o barqueiro nada nos deixa transportar para a mansão dos mortos.
A glória é efémera, a riqueza vã, a fama ilusão.
Não resisto em contar-vos uma história:
Um homem de negócios foi visitar o Mestre. Este, era tido como um reservatório imenso de sabedoria, e aquele, apesar de todos os seus afazeres não quis deixar de o conhecer, principalmente para tentar entender o desapego quase total que lhe atribuíam.
Na presença do Mestre, disse:
“Poderás tu dizer-me algo que possa melhorar a minha vida? Sinto que a felicidade me escapa pelos dedos, não obstante tenha tudo o que desejo.”
“Já não és propriamente um jovem. Julgo que deverias dedicar-te um pouco à vida espiritual. A existência é muito mais do que a mera satisfação dos desejos da carne ou da matéria.”
O homem respondeu:
“Tens razão. Mas, o meu quotidiano é uma corrida contra o tempo. Tenho três grandes empresas para gerir, dezenas de lojas espalhadas pelo país, sucursais no estrangeiro, um activo imobiliário imenso, acções e mais de um milhar de empregados. Reuno com políticos, empresários, dou palestras de economia, entrevistas para revistas especializadas e para jornais do mundo inteiro, enfim, para nada mais me sobra tempo.”
Depois de o ouvir, disse o Mestre:
“Estou certo, que quando faleceres alguém dirá: - Morreu um homem cuja vida foi totalmente preenchida com futilidades e inutilidades. Um homem que em dezenas de anos não viveu em boa verdade um único dia. Um homem que viveu uma vida que não mereceu em momento algum ser vivida. Parabéns!”
Assim, busquemos incessantemente a Beleza e a Realidade. Consumamos a vida, não permitindo que seja esta a consumir-nos.
Meditemos, porque a meditação é a coisa mais importante da vida. Meditar é antes do mais, consciente abertura do espírito a si mesmo, ao mundo da natureza, aos outros e ao universo. É uma presença atenta em cada momento, em que a zona de silêncio do nosso cérebro passa a cooperar no milagre da descoberta do nosso interior e do que nos envolve.
Com o tempo, entenderemos que a meditação vale a pena, que talvez seja o que neste mundo mais vale a pena.
A questão fundamental é: - Como meditar?
Questão que terá de ser respondida por cada um de nós isoladamente, apenas por nós.
JOSÉ MARIA ALVES
www.homeoesp.org
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