41. –
Shankara afirmava a realidade de Brahman e a inexistência do universo, mas foi mal compreendido através dos tempos, já que pretendia tão somente demonstrar, que quando vemos os objectos e entes no prisma da multiplicidade são irreais e quando contemplados na perspectiva da unidade são reais. Ou seja, os fenómenos são ilusórios quando considerados como estando separados do “Ser” e são reais enquanto “Ser”.
A realidade é um todo. A matéria é um mar de energia e luz em movimento, que repousa no “Ser”. Este não tem forma nem limites, está para além do tempo, do espaço e da causalidade, pelo que é omnipresente e infinito.
Em consequência só há Um.
Observemos o oceano ou um lago.
O vento origina vagas que provocam a ondulação. Cada onda parece ter uma existência própria com todas as vicissitudes que lhe são inerentes: nascimento, crescimento e morte. Objectivamente não é mais do que oceano. Oceano com forma específica naquele tempo e lugar, mas oceano e não onda com existência autonomizável.
O Absoluto, o “Ser” é o oceano.
Eu, vós, os animais, as árvores, os rios, a Terra, as galáxias, somos ondas que se diferenciam daquele pelo tempo, pelo espaço e pela causalidade.
É a mesma ignorância que ao crepúsculo nos faz confundir a corda com a serpente, que inviabiliza a percepção da unidade.
JOSÉ MARIA ALVES
www.homeoesp.org
Shankara afirmava a realidade de Brahman e a inexistência do universo, mas foi mal compreendido através dos tempos, já que pretendia tão somente demonstrar, que quando vemos os objectos e entes no prisma da multiplicidade são irreais e quando contemplados na perspectiva da unidade são reais. Ou seja, os fenómenos são ilusórios quando considerados como estando separados do “Ser” e são reais enquanto “Ser”.
A realidade é um todo. A matéria é um mar de energia e luz em movimento, que repousa no “Ser”. Este não tem forma nem limites, está para além do tempo, do espaço e da causalidade, pelo que é omnipresente e infinito.
Em consequência só há Um.
Observemos o oceano ou um lago.
O vento origina vagas que provocam a ondulação. Cada onda parece ter uma existência própria com todas as vicissitudes que lhe são inerentes: nascimento, crescimento e morte. Objectivamente não é mais do que oceano. Oceano com forma específica naquele tempo e lugar, mas oceano e não onda com existência autonomizável.
O Absoluto, o “Ser” é o oceano.
Eu, vós, os animais, as árvores, os rios, a Terra, as galáxias, somos ondas que se diferenciam daquele pelo tempo, pelo espaço e pela causalidade.
É a mesma ignorância que ao crepúsculo nos faz confundir a corda com a serpente, que inviabiliza a percepção da unidade.
JOSÉ MARIA ALVES
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