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A nossa vida é tendencialmente mesquinha. Carregamos o pesado fardo dos condicionamentos, os mais variados e elementares sentimentos negativos, tais como a inveja, o ciúme, o ódio, a violência, a crueldade, ganância e ambição. O cérebro é o cofre-forte do passado e o depósito do conhecimento e é indubitável que a paz não pode nascer da sua actividade, antes da sua passividade. Neste panorama germina o sofrimento psicológico bastas vezes bem mais doloroso que o físico.
O homem é cada vez mais um animal de hábitos e qualquer atitude sua é determinada pelo pensamento produzido pelo cérebro, limitado pelo espaço e pelo tempo.
O hábito seja ele qual for, destrói a liberdade.
Por outro lado, os habitantes do mundo actual sofrem cada vez mais de distúrbios mentais. Em cada quatro pessoas, pelo menos a uma foi diagnosticada uma perturbação mental. É a ansiedade, a angústia, o medo, a depressão entre outros padecimentos, causa directa de intenso sofrimento psicológico.
A sociedade humana está em crise. Não se trata apenas da tão propagada crise económica, mas de uma crise global de valores.
A Europa está ferida de morte nos princípios éticos e na estabilidade económica. Os países periféricos deslizam para as zonas negras da mera sobrevivência e os emergentes crescem em raízes superficiais de crueldade.
Dentro de dois anos, talvez nem tanto, será a vez dos Estados Unidos da América, da China, do Japão e dos países europeus detentores das economias mais desenvolvidas, arrastando consigo gregos e troianos. Acrescendo à crise económica global, que poderá ocorrer no último trimestre de 2012, podemos antecipar conflitos armados e convulsões sociais em muitos pontos do globo.
A crise ético-económica é uma realidade praticamente sem solução, pelo menos nas duas ou três próximas décadas. Só nos será possível suportar e vencer as inevitáveis sequelas de tais tragédias, fortificando o espírito e consolidando, não as contas públicas , mas os valores que sepultámos em nome do capital e da ganância.
Apenas a meditação, aqui entendida num sentido lato, pode fazer cessar o dito sofrimento psicológico.
Mas, não estamos preparados para meditar. As nossas vidas estão vazias de amor e plenas de vaidade e ilusão. É o nosso trabalho, são os nossos conturbados relacionamentos, os bens que conseguimos adquirir, a fama, o prestígio, o poder que intentamos atingir, o partidarismo, clubismo e outras distracções alucinatórias, que nos apartam de nós mesmos, daquilo que efectivamente somos.
Editámos no nosso sítio pessoal www.homeoesp.org um opúsculo que intitulámos A Prática da Meditação. A aparente simplicidade do método a muitos estranhou. Muita gente há, que séria e respeitosamente tem lido ao longo dos anos dezenas de obras cujo tema central é a meditação, sem que se tenha aventurado na sua prática.
É perfeitamente natural que tal aconteça como consequência da constatação de métodos contraditórios, alguns de difícil e mortificante execução. Por outro lado, acostumaram-se a hábitos rígidos, mantendo o cérebro ocupado com ninharias inibitórias.
A este conjunto sequencial, mas algo desordenado de escritos, demos o nome de Caminho da Libertação, intentando transmitir as nossas próprias experiências. No entanto, em verdade, sois vós que ireis avaliar se existe ou não um caminho seguro para a Libertação e se estais ou não em condições de encetar uma viagem que gradualmente aniquilará o sofrimento psicológico ao qual todos estamos sujeitos, conduzindo-vos a uma paz duradoura, e pela persistência a um estado beatífico.
Comecemos pois, a longa caminhada para o Cume.
JOSÉ MARIA ALVES
www.homeoesp.org
A nossa vida é tendencialmente mesquinha. Carregamos o pesado fardo dos condicionamentos, os mais variados e elementares sentimentos negativos, tais como a inveja, o ciúme, o ódio, a violência, a crueldade, ganância e ambição. O cérebro é o cofre-forte do passado e o depósito do conhecimento e é indubitável que a paz não pode nascer da sua actividade, antes da sua passividade. Neste panorama germina o sofrimento psicológico bastas vezes bem mais doloroso que o físico.
O homem é cada vez mais um animal de hábitos e qualquer atitude sua é determinada pelo pensamento produzido pelo cérebro, limitado pelo espaço e pelo tempo.
O hábito seja ele qual for, destrói a liberdade.
Por outro lado, os habitantes do mundo actual sofrem cada vez mais de distúrbios mentais. Em cada quatro pessoas, pelo menos a uma foi diagnosticada uma perturbação mental. É a ansiedade, a angústia, o medo, a depressão entre outros padecimentos, causa directa de intenso sofrimento psicológico.
A sociedade humana está em crise. Não se trata apenas da tão propagada crise económica, mas de uma crise global de valores.
A Europa está ferida de morte nos princípios éticos e na estabilidade económica. Os países periféricos deslizam para as zonas negras da mera sobrevivência e os emergentes crescem em raízes superficiais de crueldade.
Dentro de dois anos, talvez nem tanto, será a vez dos Estados Unidos da América, da China, do Japão e dos países europeus detentores das economias mais desenvolvidas, arrastando consigo gregos e troianos. Acrescendo à crise económica global, que poderá ocorrer no último trimestre de 2012, podemos antecipar conflitos armados e convulsões sociais em muitos pontos do globo.
A crise ético-económica é uma realidade praticamente sem solução, pelo menos nas duas ou três próximas décadas. Só nos será possível suportar e vencer as inevitáveis sequelas de tais tragédias, fortificando o espírito e consolidando, não as contas públicas , mas os valores que sepultámos em nome do capital e da ganância.
Apenas a meditação, aqui entendida num sentido lato, pode fazer cessar o dito sofrimento psicológico.
Mas, não estamos preparados para meditar. As nossas vidas estão vazias de amor e plenas de vaidade e ilusão. É o nosso trabalho, são os nossos conturbados relacionamentos, os bens que conseguimos adquirir, a fama, o prestígio, o poder que intentamos atingir, o partidarismo, clubismo e outras distracções alucinatórias, que nos apartam de nós mesmos, daquilo que efectivamente somos.
Editámos no nosso sítio pessoal www.homeoesp.org um opúsculo que intitulámos A Prática da Meditação. A aparente simplicidade do método a muitos estranhou. Muita gente há, que séria e respeitosamente tem lido ao longo dos anos dezenas de obras cujo tema central é a meditação, sem que se tenha aventurado na sua prática.
É perfeitamente natural que tal aconteça como consequência da constatação de métodos contraditórios, alguns de difícil e mortificante execução. Por outro lado, acostumaram-se a hábitos rígidos, mantendo o cérebro ocupado com ninharias inibitórias.
A este conjunto sequencial, mas algo desordenado de escritos, demos o nome de Caminho da Libertação, intentando transmitir as nossas próprias experiências. No entanto, em verdade, sois vós que ireis avaliar se existe ou não um caminho seguro para a Libertação e se estais ou não em condições de encetar uma viagem que gradualmente aniquilará o sofrimento psicológico ao qual todos estamos sujeitos, conduzindo-vos a uma paz duradoura, e pela persistência a um estado beatífico.
Comecemos pois, a longa caminhada para o Cume.
JOSÉ MARIA ALVES
www.homeoesp.org
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