o dia está pintado de castanho as estrelas caíram desamparadas no lago onde ardem os lenços erguidos da mocidade tão inglória quanto inútil
delícias da carne a roçar os penhascos intransponíveis a cada noite capitula a tua virgindade como ramo rubro de papoilas silvestres o prepúcio rende-te homenagem na leveza do voo onde abundam as vozes da infância as casas são recentes e tingem a paisagem civilizada de infecções oftálmicas é este o soberbo mundo das inestéticas mãos frias cinzeladas com ressentimentos aguçados o céu negro tomba retumbante nas águas apodrecidas das comportas charco do coração com o pecado ao lado junto ao fundo acre que sorri à criação desastrada
que cada um siga seu caminho
estrada da vida rumada no meio do mar
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