a porta aberta aos séculos de pássaros sombrios
a palavra que nasce da flor do espaço
gente em peregrinação quando deus o quer
não há sinais de sua chegada
abraça-me senhor
teu sagrado ventre no meu
invade-me com teu sangue
brame mar nas correntes
mãos de fogo nas pétalas que sucumbem
na boca de teus dentes
rio dos afectos
margens que se não adivinham
pupila inquieta em plumagem de verão
sinistra cascata onde o tédio se desmorona
janelo do madeiro corroído
Sem comentários:
Enviar um comentário