a luz que brilha no meu coração apaga-se
das janelas amarelecidas vê-se o lago quase seco
os gemidos das plantas aquáticas cortam os ares
sibilantes
no quarto os lençóis bordados aguardam-te um pecado nunca vem só
mesmo que perfumes e incensos floresçam na noite
sexta-hora a madrugada dá os seus primeiros passos
um curto aguaceiro de verão cobre as vidraças de lágrimas
olho através delas
não há vivalma no caminho
o sono só acomete os corações apaziguados dos corpos exaustos
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