olho para fora e vejo dentro
vidros que a noite mágica transforma em espelhos
assentos cortinados um bloco de papel com mão que reconheço a escrever
e há as luzes leitosas da viagem reflectidas na bagagem
sofrivelmente dispersa pela carruagem
pernas dependuradas nas sandálias
unhas pintadas de negro
a viajante dormita curtos calções exibem as formas
alguém disse que é do alterne outro do sobe-e-desce puta convenhamos
não sei e pouco me interessa que poderei eu saber?
talvez goste de foder talvez goste do que nós tanto gostamos de fazer
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