trovões nascem das nuvens não entendo o correio não é de quem deveria ser anos de anseio
inconformado debruço-me no molhe do cais
prateada a rebentação nos penhascos ameaçadores
pobres pescadores de amor lunar
pelas encostas do céu rolam lágrimas
são de sangue as mal-afortunadas
mais salgadas que as dores marítimas a desovar suicidas
partiria contigo para qualquer povoado indemne à fala
tudo seriam idas sem volta
é tarde fiz com que o fosse como se o tempo não passasse em arrebatada corredura por meus cabelos expostos ao vento da maré-viva setembrina
purpurina boca lábios de cristal dedos de sândalo
que não mais verei
Sem comentários:
Enviar um comentário