enjeitando as raízes fulgura a débil planta
as candeias afoguearam a bezerra sacrossanta
avistámos hoje a filha dos céus deusa da aurora dos penitentes
atiçou o fogo dos mais deleitáveis manjares
e saiu na tipóia dos entes
radiosa a jazer no seu leito embriagado pelas faces brancas da brisa primaveril
revelou-nos a perda da sua virgindade
embrião enorme a varrer o pórtico do arco e flechas de terno amor
que frescura tinha o seu sorriso esbelto seu sono
longos os doirados cabelos nascimento de nova vénus
com as horas o galo cantou
sem tino sem destino
canção de aventura no mar
voz límpida de água clara
fonte de harpa a tanger
a palavra amar
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