as águas do rio subiram naturalmente
nas suas gelhas cintilam estrelas
passa um veleiro em bolina cerrada
para onde irá
sul onde o quente é mais quente
norte setentrião onde a terra é gelada
marear a cavalo na nortada
gente nas margens
uma marina cheia de nada
onde estão os navegantes
os sólidos pescadores?
oh dores de portugal
que morre e deixa morrer
nos catres de farrapos transfigurados
a imagem lúcida da afoiteza
dóris gelados
nos mares cruzados
dos bancos da terra nova
ornados a gelo e névoa
uma viúva perdeu o marido
pelo seu filho agora reza
erva orvalhada
por destino o solo desprezado
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