não há terra
as montanhas foram engolidas pelo último dos homens ingovernáveis
mar sem fim
voz doce de encantar
que albergas as sereias das noites de insónia
o deus do lar está ausente
saúdo o sol que nasce na curva do horizonte
tristeza que se confunde com a estrela da manhã
lá longe tanta é a gente
num laranjal três virgens
testemunhos da volta de mar
ventos erécteis abraçam-se ao luar
purpúreas rosas em veloz esteira
luto da chuva de primavera
nau que dormita em melodia do eterno-minuto
enquanto na costa arriba com monotonia
velame que o diabo carrega
Sem comentários:
Enviar um comentário