geada no vale quatro horas da madrugada
batalha no campo ensanguentado de amarelo-escuro
pisado o verde seco e os membros dos amputados
o combate dos leões cristãos ao circo damas ao bufete
o mundo é uma farsa a alma do nado-morto uma tábua rasa por baptizar
um dia o meu corpo será pasto de abutres e milhafres
enterrado cremado (e se for cromado?) sem que tenha sido crismado
(o sacramento da confirmação ratificação do apedeutismo)
ave dos oceanos em azul retalhado
que aproveita
se me findo
e o mundo acaba
o pouco me basta
o que é demais sobra e mata
aguardo o sono o cansaço
jazer no dorso da égua casta
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