foram-nos dados
governados por crianças
o povo tem o que merece
estão dispersos nas nuvens que sombreiam o rio de cristal
passa um carro amarelo com calças de cabedal cor preta
cardado pela baeta
ah donzela de portugal
cruel é tua linguagem neste vale de ossos fraguedo das lamentações
há para tudo um tempo
mas nunca conseguirás resgatar a morte dos que abandonaste no cais da adversidade
nem o dialecto da falsidade
o caminho para a estrumeira enche-se de cardos e espinhos bravos
aos eunucos estremecem-lhe as entranhas
os altares de folha de oiro devastados
insolentes ficam os santos escorraçados
tempo de calar
a invenção do lucro corrompido
libertinagem insensata da natura do compasso
a chagar a penha sanguinolenta
cão que ladra não aferra
tempo que é de guerra
Sem comentários:
Enviar um comentário