quando envelheceres quem te irá amar?
regressarás a casa sozinha com as tuas rugas por companhia
vacilarás no carreiro juncado de salgueiros curvados à tua passagem tu o ribeiro que secou
será verão e o teu corpo estará frio como neve no cume
silencioso o quarto com o papel de parede amarelecido inerte estupidamente absorto no corpo disforme
outrora coroa de gemidos
a boneca de porcelana herança de teus pais sorri juventude
só tu envelheces no espelho embaçado de anos
Sem comentários:
Enviar um comentário