já o sol amamentou de fogo o horizonte
braços nus de ninfas lacustres perdem cor no peito de sátiros
longínquas estão as nuvens de chuva tépida a almiscarar os leitos exangues
árvores que enegrecem na luneta de óptica escura pintam a paisagem monotípica
um canavial roça-se lascivo
uma casa branca na colina
e uma criança que brinca no quintal de bolbos adormecidos
arrozais do passado
comportas nas valas desertas
as carpas que é feito delas?
nessas palavras que ocultas fementidas
lucraste a deslembrança
a ti
esqueço-te
vai em paz
já te esqueci
outra virá
a morte derrama-se lânguida sobre a vida
amanhã os rios celestes serão a via renascida
e a outra será
mais bela
mais dócil
mais verdadeira
mais ela
mais outra que virá
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