age a natureza pela paciência como é estável e firme nas suas persuasões capciosa caprichosa bicho-come-bicho gente-come-gente e a deus não lhe dói o dente
dragões voadores planam nos céus temente um tenente de cavalaria monta um cavalo desossado
por cima dos ossos de nossos antepassados
os que voejarem para altezas inóspitas e ignotas
renegando a prudência perderão a constância capitulando no vale dos mortos
ah venezas submersas de malfeitorias
amásias de ancião
o mais penetrante do abismo cavado e negro profundez da escuridade enviesados retábulos de infernos ancestrais
na mão esquerda o purgatório que a direita se afunda na lascívia
feitoria de são jorge da mina padroeiro das escravas traficadas violação em terras de portugal
lagos mercado de escravos leilão de dentes e desdentados cem moedas por uma virgem
sempre fomos negreiros e mendigos bastardos históricos e delinquentes geográficos o que haveríamos mais de ser?
somos o que fomos
aqui ficam os desacautelados aferrolhados
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