noite de clausura
amanhã verei veleiros armados para o derradeiro acometimento cruzadores do grande mar oceano onde mostrengos e seres estupendos se erguem
essência da solidão de probo mareante
irresolução o mar clama por mim
ouço strauss há muito que o não ouvia
trivial é a sonoridade dos grandes santuários apinhados de estultos
a iluminação é o entusiasmo do amante que nunca tocará a amada
mas que divisa como ninguém
o vazio dos empreendimentos
a vulgaridade do êxito
o nada do empenho humano
o sem-sentido da existência
pobre humanidade que se arroja aos chispes de ídolos de barro
que se peita por pataco infeccionado de duplicidade
que vegeta nas pedras abrasadas da ilusão
áridos terreais viscosos
nojo
derrotismo e desesperança?
não espúrios atlantes
ratificação do enlevo temerário de quem perfilha a realidade
no cerne demoníaco da civilização dissonante
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